2.º CEORN - Curso Especial de Oficiais da Reserva Naval

 


Listagem completa do 2.º CEORN

O assinalável êxito da incorporação do 1.º curso de oficiais da Reserva Naval, em 1958, abriu caminho à entrada do 2.º CEORN, em 10 de Outubro de 1959. Foi seu Patrono o rei D. João I, Mestre de Aviz.

Quase duplicando o número de cadetes, relativamente aos do ano anterior, 37 novos candidatos entraram na Escola Naval para a frequência dos cursos ministrados nas classes de Marinha (22), Engenheiros Maquinistas Navais (6), Administração (5) e Saúde Naval (4).

 

 

 

A Ordem do Dia à Armada n.º 123 de 23 de Junho de 1959 introduz ligeiras alterações ao funcionamento do curso, incidindo basicamente sobre o tempo de embarque mínimo nas Unidades, após a promoção a Aspirante RN.

Na Escola Naval, a Direcção e Comando continuava a ser exercida pelo Comodoro Manoel Maria Sarmento Rodrigues.

O Director de Instrução deste curso foi o 1.º Tenente Artur Manuel Coral Costa, transitando do curso anterior.

Cursando Navegação, Artilharia, Comunicações, Regulamentos, Máquinas e todas as demais disciplinas, na Escola Naval, em Vila Franca de Xira, no Hospital de Marinha e na unidades vocacionadas para cada especialidade, os 37 cadetes terminaram a sua preparação escolar com a viagem de instrução realizada entre 29 de Fevereiro e 27 de Março de 1960, nas Fragatas “Álvares Cabral” e “Pacheco Pereira”.

Sob o comando, respectivamente dos CFR Fernando Eduardo Pinto de Ornelas e Vasconcelos e José Pimenta de Almeida Beja Camões Godinho, completaram 26 dias de viagem num total de 5.500 milhas, visitando os portos de Praia da Vitória, Ponta Delgada, Praia, S. Vicente, Las Palmas e Cádiz.

Alguns acontecimentos na Marinha se recordam nesse ano de 1959. No âmbito das reformas dos serviços, é criada a Comissão Permanente de Infra-Estruturas, o Centro de Comunicações e a Direcção de Logística.
É reorganizado o Museu de Marinha com a publicação do seu Regulamento, cria-se o Arquivo Geral e a Biblioteca Central. É organizada a Escola de Limitação de Avarias e restabelecida na Corporação dos Oficiais da Armada, a classe dos Engenheiros Maquinistas Navais.

É ainda publicada a regulamentação referente ao uso de Estandarte pela Unidades e actualizado o Plano de Uniformes de Oficiais, Sargentos e Praças. Publicam-se as Normas relativas ao Cerimonial, Honras e Distintivos, no âmbito da Ordenança do Serviço Naval.

É instituída a Medalha Naval comemorativa do V Centenário da morte do Infante D. Henrique e criado o Instituto Hidrográfico.

Foi no ano de 1959 que se verificou a morte do Almirante Gago Coutinho, ocorrida no Hospital de Marinha, com a idade de 90 anos.

Ainda com os cadetes do 2.º CEORN na Escola Naval, a Ordem do Dia à Armada n.º 224 de 7-11-59 publicava por despacho ministerial n.º 108 de 31-10-59, que “é atribuído aos cadetes da Reserva Naval que se encontram na Armada a prestar serviço militar obrigatório, um subsídio de alimentação no valor de 26$00 diários, desde que esses cadetes permaneçam em regime de internato. Se os cadetes se encontrarem em condições diferentes destas, o mesmo subsídio será reduzido a 22$00 por dia”.

Pese embora o valor do subsídio, convém lembrar que a Ordem do Dia n.º 14 de 18-1-1960 indicava a “relação de preços a pagar pelos ranchos secos e outras entidades”, pelos diversos géneros.

Assim, o açúcar foi tabelado a 5$00 o Kg, o arroz a 4$50, o bacalhau a 10$80, o feijão encarnado a 5$10, o café a 24$50, e o azeite a 15$00  e o vinho a 3$30 o litro.

Em 3 de Maio de 1960, com a presença do Ministro da Marinha, CALM Fernando Quintanilha de Mendonça Dias e sendo Chefe do Estado-Maior o VALM José Augusto Guerreiro de Brito, os 37 cadetes tiveram a sua cerimónia de Juramento de Bandeira, sendo promovidos a Aspirantes RN a partir de 1 de Maio.

O Prémio Reserva Naval, “atribuído anualmente ao aluno melhor classificado no conjunto da média de frequência escolar e classificação de carácter militar, conforme Portaria n.º 17-090 de 30-3-59 foi entregue nessa cerimónia de Juramento ao cadete médico RN Diaquino Pinto da Silva.

 A Ordem do Dia à Armada n.º 89 de 6-5-60 determinava os destacamentos deste grupo de Aspirantes para as diversas Unidades, com a seguinte distribuição:

Callado Cortes ( NRP S. Nicolau), Rosmaninho Martins (NRP Sal), Pereira de Morais (NRP Fogo), Vargas Moniz (NRP Maio), Matos de Oliveira (NRP S. Vicente), Costa Marques (NRP S. Tomé), Manuel Candeias (NRP Príncipe), Pinto Coelho e Abílio de Azevedo (Direcção de Administração Naval), Magalhães Crespo (Superintendência dos Serviços da Armada), Armindo de Noronha (Escola de Mecânicos), Pires Pereira (Hospital de Marinha), Pinho Costa (Inspecção de Marinha), Alves Ribeiro e Pinto da Rocha (NRP S. Maria), Inácio da Costa e Ricardo Marques (NRP Pico), Pereira Crespo e Costa Rodrigues (NRP Corvo), Manuel Bobone, Pereira Gaio e Valente de Almeida (NRP Graciosa), Quaresma de Vasconcelos (NRP Lagoa), João Lopes (NRP Rosário), Baptista Patrício (NRP S. Jorge), Diaquino Pinto da Silva, Nunes Dias e Barros Maia (NRP Diogo Gomes), Góis Figueira ( NRP Nuno Tristão), Andrade Neves (NRP Diogo Cão), Marques Antunes e Palma Mourinha ( NRP Corte Real), Durão Cid, Pedro de Bragança e Sousa Nápoles (NRP Tejo) e Osório de Castro e Cunha Lopes (NRP Vouga).

Em 3  de Maio de 1961, coincidindo com a promoção a Subtenente RN os com-ponentes do 2.º CEORN foram sendo licenciados, havendo alguns que prolongaram o seu tempo de serviço. De entre eles o médico Eduardo Magalhães Crespo que viria a ingressar no QP.

 
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